Arlindo Cruz: Mestre do Samba Parte, Deixando um Legado Eterno com 795 Composições

A música brasileira perde um de seus maiores ícones, Arlindo Domingos da Cruz Filho, mais conhecido como Arlindo Cruz, que nos deixou aos 66 anos. Este virtuoso tocador de banjo e mestre do samba partiu em 8 de agosto de 2025, oito anos após um devastador AVC que o afastou dos palcos e das composições. Ao longo de sua brilhante carreira, Arlindo Cruz construiu um legado inigualável com 795 sambas que ainda ecoam nas rodas de samba e permanecem na memória do Brasil.

Nascido em 14 de setembro de 1958, no Rio de Janeiro, Arlindo Cruz absorveu o samba desde cedo com o incentivo de seu pai, um policial que tocava cavaquinho. Embora tivesse tentado uma carreira militar na Aeronáutica para garantir a segurança familiar, foi no samba que encontrou sua verdadeira vocação, transformando sua paixão em uma carreira rica e inspiradora. Introduzido por Candeia, um ícone do samba, Arlindo Cruz foi levado às rodas de samba da escola Portela, onde solidificou seu papel na cena musical carioca.

Durante os anos 80, Arlindo fez parte do grupo Fundo de Quintal, a alma do pagode carioca, antes de explorar seu talento em carreira solo e na parceria célebre com Sombrinha. Juntos, lançaram cinco álbuns que marcaram época entre 1996 e 2002. No entanto, foi com o álbum solo 'Pagode do Arlindo' de 2003 que ele despontou como um popstar do samba, alcançando um novo patamar sem jamais perder sua essência humilde e sorriso cativante.

O álbum 'Sambista Perfeito' de 2006 demarcou sua transição para o estrelato, tornando-se uma referência do samba moderno. Parceiro de grandes nomes como Almir Guineto, Zeca Pagodinho e Sombrinha, Arlindo Cruz enriqueceu o samba com seu estilo único e contribuiu para a união de diferentes gerações de sambistas. Ele não só foi um compositor associado aos maiores nomes do samba como também trouxe sob os holofotes jovens talentos e compositores menos conhecidos, promovendo a diversidade do gênero.

Ao longo de sua carreira, Arlindo Cruz compôs sucessos inestimáveis como 'Ainda é tempo pra ser feliz,' 'Bagaço da Laranja,' 'Camarão que dorme a onda leva' e 'O show tem que continuar', entre muitos outros que imortalizaram seu nome. Com a habilidade de mesclar tradição e modernidade, Arlindo Cruz combatia divisões críticas entre sambistas e pagodeiros, promovendo a união e a celebração do samba em sua plenitude.

Mesmo após o AVC em 2017 que o afastou das suas atividades criativas, Arlindo Cruz continuou a ser lembrado e celebrado por seus contemporâneos, fãs e novos admiradores que encontraram nas suas músicas a essência do samba. Sua partida marca o fim de uma era, mas seu legado continua a inspirar futuras gerações de músicos e apreciadores do samba, que continuarão a celebrar a sua vida e obra.

Com um repertório de 795 sambas registrados, que ainda tocam nos corações de muitos, Arlindo Cruz eterniza-se como um dos maiores sambistas que o Brasil já teve. Deixe aqui sua homenagem a este grande mestre. Compartilhe sua opinião e memórias de Arlindo Cruz nos comentários!

Avatar photo

Apaixonado por motores, tecnologia e tudo que envolve o universo automotivo, atua como editor de conteúdo especializado em veículos, mercado de autos, financiamentos e tendências do setor. Com olhar estratégico voltado para a experiência do usuário, combina conhecimento técnico com linguagem acessível para informar, engajar e converter leitores em compradores.

Publicar comentário