O Energizante Show de MC Cabelinho no The Town: Uma Experiência Inesquecível

Na primeira noite do aguardado festival The Town, um nome ressoou fortemente entre o público jovem: MC Cabelinho. O artista de 29 anos, mais conhecido por sua versatilidade entre o funk carioca e o trap, transformou o evento em uma celebração musical. Ao invés de apresentar sozinho suas faixas de ostentação, drogas e sexo, MC Cabelinho habilmente transformou a plateia em protagonistas do espetáculo, entregando o microfone para que um mar de vozes adolescentes completassem as letras que eles conheciam tão bem. Dada a popularidade de Cabelinho entre a geração Z – os nascidos a partir da metade dos anos 90 que lotaram o Autódromo de Interlagos – não foi surpresa a sintonia óbvia entre o cantor e seus fãs.

MC Cabelinho tem sido uma figura central na ligação entre o funk carioca e o trap, um subgênero do rap que tem conquistado cada vez mais espaço nas paradas musicais e em grandes eventos. Dentre suas canções, destacam-se hits como "Né Segredo", cujo refrão "deixa eles contar história que eu gosto de contar dinheiro" foi entoado em uníssono com o público, e "Loucura", uma reinterpretação do clássico de Alcione "Faz uma Loucura por Mim", transformada em ode à ostentação – encaixando a letra com referências a marcas de grife que, por coincidência, faziam parte do look de muitos espectadores.

O ponto alto da performance foi, sem dúvida, a sequência "X1" e "Só Rock 3", onde MC Cabelinho mobilizou o público em um gigantesco mosh pit, com sinalizadores em chamas apesar da proibição. O show contou com o uso inevitável de auto-tune, uma característica estética marcante do trap. Mesmo que tal técnica torne algumas faixas um pouco difíceis de decifrar ao vivo, os aplausos ensurdecedores do público atestaram que, para eles, o sentimento era mais importante que a compreensão completa das palavras.

A origem humilde de MC Cabelinho, nas favelas cariocas de Pavão-Pavãozinho-Cantagalo, na zona sul do Rio de Janeiro, adiciona uma camada autêntica à sua música. Ele começou sua trajetória no mundo musical aos 15 anos, alcançando o estrelato em 2017 com "Toda Hora", uma versão proibida do reggae "Me Namora" do Natiruts, que foi a sensação nos bailes cariocas. Contudo, músicas dessa primeira fase não estiveram no setlist do The Town, nem mesmo o popular medley de funks antigos que ele costuma apresentar. Em vez disso, ele surpreendeu o público com um cover de "Céu Azul" da banda Charlie Brown Jr., em uma adaptação marcante com auto-tune.

O show encaminhou-se para o final com "Rastafari", um novo single que marca sua libertação musical, e uma emocionante revelação: o lançamento de um novo EP, intitulado "Só trapzinho love", focado em músicas românticas, pronto para reconectar ainda mais com seus seguidores. As expectativas são altas para os lançamentos futuros de MC Cabelinho, cuja energia e carisma no palco são inegáveis.

É impossível prever aonde a ascendente carreira de MC Cabelinho o levará, mas sua performance no The Town é um claro indício de que ele continuará a inovar e impactar a cena musical brasileira por muitos anos.

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