Sandra Pêra Celebra Gonzaguinha com Álbum Surpreendente de 12 Músicas

O novo álbum da talentosa Sandra Pêra traz à tona o legado musical de Gonzaguinha, com interpretações notáveis de 12 de suas músicas. Com a produção criativa de Amora Pêra e Paula Leal — ambas integrantes do grupo Chicas — o disco 'Eu apenas queria que você soubesse' destaca-se pela seleção cuidadosa do repertório e pela interpretação sincera e apaixonada de Sandra Pêra. Este projeto musical é, na essência, uma declaração de amor ao inesquecível Gonzaguinha.

O álbum permite uma conexão íntima entre mãe e filha, Sandra e Amora, ao unir suas vozes na faixa-título 'Eu apenas queria que você soubesse', gravada com a adição de um trecho de uma entrevista de Gonzaguinha. Desde sua revelação em 1976 no grupo As Frenéticas, Sandra Pêra mostrou ser uma artista completa, tanto no mundo da música quanto no teatro. Sua performance em 'Ser, fazer e acontecer', com seu tom teatral, evidencia essa dualidade artística.

Lançado em meio às comemorações dos 80 anos de nascimento de Gonzaguinha, este trabalho musical é tanto uma homenagem quanto um tributo ao compositor que teria completado 80 anos em setembro de 2025. Ao evitar abordagens previsíveis e clichês, Sandra Pêra reinterpreta as canções do álbum com originalidade, inovação e calor emocional. O potente arranjo de 'Maravida', por exemplo, simboliza o desejo vital de viver presente na música, ressuscitado por Sandra e pelo cantor Chico Chico.

Desde o primeiro acorde de 'Com a perna no mundo', uma canção autobiográfica escrita por Gonzaguinha, o álbum resgata músicas menos conhecidas do compositor. Os exemplos incluem 'Ocê i eu', uma faixa pouco divulgada apresentada postumamente em 1993, e 'Morro de saudade', revivida por Gal Costa em 1987 com um arranjo tecnopop.

'Numa linha de diálogo aberta “de homem para homem”, a letra de 'Ponto de interrogação', lançada em 1980, recebe uma nova interpretação através de Sandra Pêra que enfatiza o recado sobre a necessidade da compreensão masculina sobre o prazer feminino. Muito antes do movimento atual que empodera vozes femininas, Gonzaguinha já abria espaço para essa reflexão.

A última música gravada para o álbum, 'Recado' de 1978, é enriquecida pela participação de Simone, uma das maiores intérpretes das músicas de Gonzaguinha. Simone escolheu essa música para um dueto, uma faixa até então inédita na sua voz, ressaltando a importância de 'Recado' na discografia de ambos.

Além disso, o álbum traz participações especiais das integrantes das Frenéticas, Dhu Moraes e Regina Chaves, em 'A felicidade bate à sua porta', música que simboliza o deslumbramento e a inovação musical das Frenéticas na era da disco music. A título de novidade, esta gravação especifica um arranjo distintivamente roqueiro e ousado.

'Feliz', uma canção nostálgica de 1983, é uma balada melodiosa suavizada por um toque de sanfona, enquanto 'Borboleta prateada', com seus arranjos dinâmicos, evoca ritmos tradicionais como maracatu e baião, capturando a essência diversificada do compositor. A energia das composições e a paixão de Gonzaguinha pela vida estão impressas em cada nota do álbum 'Eu apenas queria que você soubesse', transformando-o em uma sincera homenagem da artista Sandra Pêra ao eterno Gonzaguinha.

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